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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cadeirinha para o adulto também!

Jornal da Cidade de Bauru, 09/09/2010

Em recente matéria jornalística, assisti à narrativa de um motorista flagrado por transitar com quatro pessoas no banco traseiro, em destaque uma criança sem a cadeirinha e outra sem o cinto de segurança. Quando questionado, alegou que era inviável o custo de se andar em dois carros só por causa de uma pessoa a mais, conforme o limite determinado por lei. Tal motorista se mostrou convicto na sua resposta de acordo com a firme postura apresentada em tom de reclamação. Naquela cabeça, o certo era transportar as crianças nas condições mais econômicas e menos seguras, e não o contrário.

Embora seja necessária a fiscalização sobre o uso da cadeirinha para as crianças dentro dos veículos (além do cinto de segurança), significativa parcela da população (que teima em não crescer!) trabalha na contramão desta perigosa estrada dos acidentes que, em grau extremo, leva à morte, quando não, deixa sequelas profundas, ou ainda, traumas psicológicos que reduzem a qualidade de vida.

As faltas de consciência e imaturidade levam um punhado de motoristas a crer que nada de ruim lhes sucederá, ou aos seus próximos. Atribuem tal sorte a Deus, à santa do gosto particular ou simplesmente a uma estatística notadamente mística. Mas quem é maduro sabe muito bem que a fé sem respaldo não faz milagre. São verdadeiras crianças. O seu tamanho físico e a idade dizem o contrário, mas a mentalidade e os comportamentos atestam facilmente a presença da infantilidade e da inconsequência. Cadeirinha para eles também! Simbólica, é claro.

Quanta gente grande já chorou ante os estragos resultantes de um acidente que nunca esperou acontecer, cujos cuidados não haviam sido tomados preventivamente. “Foi uma fatalidade”, diz-se, a fim de reduzir o mal-estar dentro de si e se justificar diante dos demais. É o autoengano ditando as regras antes da desgraça ao não se prevenir, e depois dela, para minimizar a culpa; esta, injustificável aos olhos da razão, da simples lógica. Cadeirinha para o adulto também!

Uma coisa é certa, as autoridades não conseguem controlar todos os motoristas, logo, as brechas são enormes, qual a ingestão de bebida alcoólica e os seus riscos característicos. (A propósito, cadê você, bafômetro?!) Coisa ruim pode acontecer. Se o adulto não crescer de verdade e se achar esperto por enganar as leis, a tragédia entrará na pista sem qualquer sinalização prévia. Será a curva derradeira que leva ao precipício do erro e da infelicidade. Um destino amargo e que se sobrepõe a qualquer arrependimento A culpa, infelizmente, já bem sabemos, será atribuída a qualquer circunstância, menos à irresponsabilidade pessoal. Somente o adulto pode garantir a sua própria segurança e a dos outros que utilizam o mesmo transporte. É certo as crianças levarem a pior pela infantilidade do adulto? Cadeirinha neles!

O autor, Armando Correa de Siqueira Neto, é psicólogo, palestrante, professor e mestre em Liderança. Coautor dos livros Gigantes da Motivação, Gigantes da Liderança e Educação 2006

Armando Correa de Siqueira Neto

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