
Após ser pago para passar por fiscalização, taxista devolve carro a todo. Coordenador de blitz diz que estratégia já havia sido descoberta.

De madrugada, na hora da saída, uma blitz é montada a poucos metros de distância do local onde estão as casas noturnas. É nesse momento que os freqüentadores recebem as ofertas.
"R$ 20 você me paga para eu passar da blitz. Eu passo na blitz e lá na frente eu deixo você”, propõe um rapaz.
O esquema envolve taxistas e mototaxistas. O motorista bêbado entrega o carro ao taxista, que sai dirigindo e é seguido pela moto. Logo depois de passar pela blitz, o taxista devolve o carro ao motorista embriagado e volta na garupa da moto.
Um homem que foi contratado para dirigir o carro de um freqüentador das casas noturnas assume o volante diz que nunca enfrentou problemas com a fiscalização, mesmo já tendo passado várias vezes pela blitz, dirigindo carros diferentes.
“O importante para eles aí é o condutor estar na boa, né. Não querem saber se é dono do carro ou se não é", disse o taxista. "Se eles pararem, só pedem o documento direitinho e pronto."
Poucos metros depois da casa de shows e da fiscalização, os taxistas e mototaxistas deixam os carros e voltam ao ponto onde estavam antes, em busca de outros motoristas para atravessar a blitz. Nesse ponto, quem está embriagado prossegue dirigindo.
Ao ser informado sobre o esquema, o coordenador da blitz não se mostra surpreso. "Já estamos sabendo disso e estamos tomando providências. Lá na frente tem outra blitz”, afirmou Antonio Nilson de Lima.
Depois do local onde estava a blitz, a reportagem não encontrou mais nenhuma fiscalização.
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Enviado por:
Waldecir Anotonio José Cunha
Instrutor SENAT/Bauru
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